Beatriz Costa: 100 anos
100 ANOS DA SALOIA DA FRANJA
Beatriz Costa incarnou a revista à portuguesa
Estava um dia Beatriz Costa a lavar louça com Greta Garbo na cozinha da casa de Paris de Elsa Schiaparelli, quando entra Picasso, dá-lhe um beliscão no rabo e convida-a para ir ao seu atelier. A ideia era Beatriz escolher o quadro que lhe apetecesse e passar lá a tarde com ele, porque o artista queria ver os olhos da rapariga da Charneca do Milharado mais perto dos dele. Só que a neta da senhora Adelaide não esteve pelos ajustes. Chamou "bode" a Picasso, deu-lhe "um safanão" e perdeu "vinte milhões de dólares" que lhe teriam dado muito jeito.
Era assim Beatriz Costa, nascida Beatriz da Conceição faz hoje 100 anos na Charneca do Milharado, falecida no Hotel Tivoli, em Lisboa, onde viveu mais de quatro décadas, a 15 de Abril de 1996. Tinha 88 anos.
Chegada a Lisboa aos 12 anos "numa carroça de lavadeiras", dormiu a primeira noite "num banco da Avenida da Liberdade, no colo materno. Daí segui, daí a vida continuou", contou numa entrevista dada em 1975 a Fernando Assis Pacheco no Diário de Lisboa. Foi bordadeira, modelo de Malhoa, corista aos 15 anos e era vedeta nacional cinco anos mais tarde, em 1927, já de franja, numa revista tutelada por Leitão de Barros, Sete e Meio. Tinha feito antes uma digressão ao Brasil (1924/26), onde foi "burro de carga" mas deu um salto enorme para a fama.
Por EURICO DE BARROS
Fonte: Diário de Notícias
Ler notícia completa: AQUI
(...), Beatriz Costa... A sua cara transforma-se. Germana baixa os olhos, junta as mãos e confessa que gostava de todos os actores que vestiu, mas a Beatriz... Bem, a Beatriz Costa era especial. É com orgulho que diz que a Beatriz Costa só a queria a ela!
“Por exemplo, se as Companhias iam para o Porto, ela insistia que eu fosse e que ficasse no Grande Hotel. Onde quer que a Beatriz Costa fosse, lá estava eu, a sua dama de companhia... Ela era muito minha amiga, dizia que eu era a sua segunda mãe, veja lá! Que Deus a tenha”.
Excerto da entrevista DNA 1999.
O espólio da minha "tia" Germana contém várias fotos da Beatriz Costa que, em breve, serão colocadas neste blog.
Beatriz Costa incarnou a revista à portuguesa
Estava um dia Beatriz Costa a lavar louça com Greta Garbo na cozinha da casa de Paris de Elsa Schiaparelli, quando entra Picasso, dá-lhe um beliscão no rabo e convida-a para ir ao seu atelier. A ideia era Beatriz escolher o quadro que lhe apetecesse e passar lá a tarde com ele, porque o artista queria ver os olhos da rapariga da Charneca do Milharado mais perto dos dele. Só que a neta da senhora Adelaide não esteve pelos ajustes. Chamou "bode" a Picasso, deu-lhe "um safanão" e perdeu "vinte milhões de dólares" que lhe teriam dado muito jeito.
Era assim Beatriz Costa, nascida Beatriz da Conceição faz hoje 100 anos na Charneca do Milharado, falecida no Hotel Tivoli, em Lisboa, onde viveu mais de quatro décadas, a 15 de Abril de 1996. Tinha 88 anos.
Chegada a Lisboa aos 12 anos "numa carroça de lavadeiras", dormiu a primeira noite "num banco da Avenida da Liberdade, no colo materno. Daí segui, daí a vida continuou", contou numa entrevista dada em 1975 a Fernando Assis Pacheco no Diário de Lisboa. Foi bordadeira, modelo de Malhoa, corista aos 15 anos e era vedeta nacional cinco anos mais tarde, em 1927, já de franja, numa revista tutelada por Leitão de Barros, Sete e Meio. Tinha feito antes uma digressão ao Brasil (1924/26), onde foi "burro de carga" mas deu um salto enorme para a fama.
Por EURICO DE BARROS
Fonte: Diário de Notícias
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(...), Beatriz Costa... A sua cara transforma-se. Germana baixa os olhos, junta as mãos e confessa que gostava de todos os actores que vestiu, mas a Beatriz... Bem, a Beatriz Costa era especial. É com orgulho que diz que a Beatriz Costa só a queria a ela!
“Por exemplo, se as Companhias iam para o Porto, ela insistia que eu fosse e que ficasse no Grande Hotel. Onde quer que a Beatriz Costa fosse, lá estava eu, a sua dama de companhia... Ela era muito minha amiga, dizia que eu era a sua segunda mãe, veja lá! Que Deus a tenha”.
Excerto da entrevista DNA 1999.
O espólio da minha "tia" Germana contém várias fotos da Beatriz Costa que, em breve, serão colocadas neste blog.
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